Profissionais e estudiosos de jogos digitais terão, a partir desta quinta (8), uma programação intensa no Rio. Começa o VIII Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital, o SBGames 2009, que desta vez será sediado na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), na Gávea, Zona Sul da cidade, e terá a presença de grandes nomes internacionais.
“O principal palestrante é o Glenn Entis, um dos fundadores do cinema digital americano. A palestra dele eu não perderia por nada, é um privilégio tê-lo aqui”, disse Bruno Feijó, do Departamento de Informática da PUC, e um dos coordenadores do evento.
Para ele, a diferença desse ano para os anteriores é a diversidade de atividades, como salas de cinema e a tenda com tecnologias emergentes – parte delas dedicadas à interatividade com a educação.
O maior congresso acadêmico de games do Brasil, que acontece no Rio pela primeira vez, se dedica à pesquisa, desenvolvimento e inovação em jogos de computador, simulação em tempo real e novas formas de entretenimento digital. Neste ano, os organizadores esperam atrair 1.300 pessoas.
Maria das Graças Chagas, do Departamento de Artes e Design da PUC, também faz parte da coordenação do simpósio e acredita que um dos destaques dessa edição é a presença de empresas, o que abre espaço para a indústria. “É uma forma de fazer o link da academia com o mercado”, disse.
Ela explica que, por ser um congresso acadêmico, o objetivo é levar pessoas que pensam no futuro: “Não vamos falar só do presente. O Glenn Entis, por exemplo, vai falar sobre o que as pessoas vão pensar e ouvir falar daqui a três anos”, conta.
Convergência de mídias
Dessa vez, O SBGames terá como tema a convergência das mídias. A ideia é discutir a importância das relações entre diversas mídias e plataformas. Ou seja, o mesmo conteúdo gerado para a televisão, também é criado para o cinema, o computador e o celular.
“A convergência está entre as várias disciplinas que compõem essa nova área: a academia, a indústria e o comércio. Só na academia, a computação se converge em arte e design, cultura e educação. Não é só jogo de entretenimento, mas também jogos sérios. A tecnologia é a mesma, mas a aplicação é outra”, disse o coordenador.
Ele citou como exemplo uma plataforma de petróleo, para onde pode ser desenvolvido jogo de capacitação profissional, com simulações reais, que facilitam o mercado.
O evento ainda conta com o Festival de Jogos Independentes, que premia grupos iniciantes no mercado. O objetivo é revelar novos talentos da indústria nacional. “Esse ano acrescentamos mais oito categorias, virou uma espécie de Oscar dos jogos digitais”, brincou Bruno.
O simpósio, realizado desde 2002, é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) com o apoio da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (ABRAGAMES) e vai até sexta-feira (10).
Noticia da Reuters G1
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