quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ciber NSA busca apoio para Laboratório modelo.

A Ciber NSA começou a divulgar os projetos que tem na tentativa de buscar apoio para a abertura de um Laboratório modelo na cidade de Curitiba no Paraná.
Dentre os projetos divulgados estão as Próteses de membros inferiores e superiores C-TECH Robotics, o Exoesqueleto NSAIBO-5 Robotics, os biochips de análise de metabolismo de medicamentos JC77 e os biochips JC14 que servem para análise de doenças e hemogramas completos.
Parte desses estudos ainda estão em andamento porém a Ciber NSA tem sido a primeira empresa privada do Brasil a comprometer-se com esse tipo de desenvolvimento e com essa linha de pesquisa.

Abaixo a entrevista cedida por Michele de Souza, Presidente da Ciber NSA, a E-TECH no dia 26/10/2009

Qual a maior dificuldade que a Ciber NSA enfrenta hoje?
"Investimento, esse tem sido o nosso maior obstáculo. Sabemos que no Brasil a dificuldade é grande para tecnologias de ponta como as que estamos propondo até porque a maior parte dos empresários brasileiros tem medo de inovar, o que não acontece em outros países, também não é somente medo e isso não ocorre por falta de recursos, no Brasil rola muita grana, mas a maior preocupação é com o gasto em viagens, jóias e roupas. Tem muita gente falando em filantropia e etc mas tem muita conversa aí.
Até hoje temos contado apenas com investimento próprio e isso nos desacelera, mas não nos para."


Porque desenvolvem projetos com baixo custo, se comparado a outros semelhantes, não seria melhor um lucro maior para poder reinvestir?
"Você consegue imaginar um deficiente físico pagando 30 ou 40 mil reais ou até mais por uma prótese de alta performance? Não é a realidade do povo daqui do Brasil. É muito legal falar em quantias altas, mas se só isso for avaliado perde sentido o trabalho de quem faz o que gosta.
Nós conseguimos desenvolver um projeto de próteses até com sensibilidade tátil que não custará mais de 10 mil reais e que poderá até ser financiada por Bancos, em cima desse projeto estamos montando um outro modelo mais barato para poder ser oferecido pelo SUS. Uma pessoa que perde um braço ou uma perna deixa de ser gente aqui no Brasil, não pode várias coisas, porque?
Em muitos países uma prótese de perna como a C-Leg, da Otto Bock, é bem mais barata e há onde é fornecida pelo sistema público de saúde, aqui no Brasil se quer ter uma dessa vai ter que pagar caro, pode chegar a R$ 90 mil, vamos ver agora um simples trabalhador comprar uma dessa, isso não vai acontecer e ele usará uma simples, então, dependendo da profissão, não voltará a trabalhar e terá que se contentar com o salário mínimo que se não me engano é R$465,00 tenta viver com esse valor, depois de uns 2 meses me conta como foi a dura experiência (risos)."

E sobre os outros projetos como pretendem atingir os objetivos?
"Indo atrás dos empresários. Todos os dias eu encaminho e-mails para diversos empresários, empresas e políticos, as vezes ouço um não, outras vezes um "vou analisar" e por aí vai, mas foi assim que conseguimos o apoio da Associação Paranaense de Reabilitação (APR) e hoje em agradecimento nos oferecemos para auxiliá-los nas pesquisas que pretendem desenvolver.
Fácil não está sendo, estamos colocando em prática aos poucos, mas trabalhamos de verdade, querendo fazer mais, querendo realmente que pessoas possam ter uma vida melhor.
Pensamos como brasileiros, não fazemos o tipo vamos sair do Brasil para fazer algo mais porque aqui não dá, queremos que aqui dê, é possível, os outros países tiveram que começar de algum ponto de partida e não do meio, buscamos fazer algo de qualidade, mas mais barato porque pensamos objetivamente e friamente sem estrelismos."

Conte para nós e para nossos leitores sobre o Exoesqueleto NSAIBO-5 .
"Exoesqueleto é um esqueleto externo. O primeiro protótipo foi desenvolvido pela NASA para fins militares sendo seguindo pela Honda. O exoesqueleto é um esqueleto externo que permitirá uma pessoa paraplégica levantar e também caminhar.
O NSAIBO-5 é um exoesqueleto 100% robótico, mais delicado que os já estudados, composto por motores de passo e de redução juntamente com sensores e mecanismos de apoio que permitirão uma pessoa paraplégica ou tetraplégica retome movimento.
Um sistema neural RNA (Rede Neural Artificial) permitirá o uso do sistema i-Emotion baseado na neuro-tecnologia, o i-Emotion utiliza sensores que se ajustam aos sinais elétricos produzidos naturalmente pelo cérebro para detectar pensamentos, sentimentos e expressões, esses sinais são enviados, sem fios, para a plataforma do NSAIBO-5 que interpreta e movimenta-se de acordo com o desejo do usuário, tudo isso em fração de milésimo de segundos."

Então isso fará uma pessoa voltar a andar?
"Exato! "

Esse é o sonho de todas as pessoas que sofrem de deficiência grave.
"É verdade, hoje a tecnologia pode oferecer isso para as pessoas. Isso sem contar que agora temos um efeito inverso ao que ocorreu no passado. Quando Einstein desenvolveu a fórmula E=MC2 essa resultou na bomba atômica o que o deixou em depressão. Santos Dumont ficou em depressão porque o avião foi usado para matar nas guerras. Agora tecnologias inventadas militarmente, como o que aconteceu com o exoesqueleto que era para dar força sobre humana para os soldados, abre portas para utilização na área da saúde ou do ensino."

A Ciber NSA tem duas sócias mulheres, será que isso não tem dificultado?
"Eu acho que não, pelo contrário, isso tem nos auxiliado muito porque tem muita gente que prefere trabalhar com mulher, isso ocorre na NSA. Nosso colaboradores são na grande maioria homens e eles mesmos dizem que é mais fácil porque mulher não faz rodeios, fala o que quer e pronto, eles não tem que tentar adivinhar. Pelo menos é o que ouvimos. (risos)"

Sobre os biochips, de onde tiraram essa ideia?
"De outros países (risos), te garanto que essa não foi uma ideia 100% nossa. Já há biochips desenvolvidos e em processo de pesquisa na Europa, o que fizemos foi adaptar a idéia para outras finalidades. Em breve pacientes portadores de câncer já não precisarão passar semanas aguardando a resposta da biopsia. Hoje é necessário uma sala cheia de equipamentos para avaliar uma amostra clinicamente relevante de marcadores de câncer e leva dias, que acha disso ser feito em duas horas ou até menos?
Hemogramas completos também são nosso alvo, uma gota de sangue será o suficiente. Rápido, prático e seguro como um teste de glicemia."

O biochip então será um produto ou um equipamento?
"Tanto faz o título, mas acho que se aplica mais o título produto, porém há quem o rotule como equipamento."

Sua sócia na Ciber NSA está fazendo tratamento contra o câncer, poderia ter sido isso que as fez pensar no desenvolvimento desse biochip?
"Não e Sim. Não porque isso já vinha sendo analisado desde agosto de 2007 e o câncer da Sabrina começou a "se mostrar" em novembro de 2008, Sim porque com esse acontecimento começamos a olhar para a doença com outros olhos, um receio misturado com uma sensação de ter sido feita de boba, sabe quando você fica irritado porque alguém te passou pra trás e você não pode fazer nada? Bem essa.
Com doença dela comecei a ler mais sobre o câncer, no caso dela é um osteossarcoma, e vi que este câncer em especial ainda não está com pesquisas muito adiantadas, sabe-se pouco sobre a doença e há poucas opções de tratamento. Hoje já há medicamentos monoclonais para câncer de mama, por exemplo, o que aumentam as chances de sucesso no tratamento, mas para osteosarcoma não e estou pra dizer que muita gente sabe que o câncer existe, mas que quase ninguém sabe que câncer ósseo existe, acho que por isso este tipo é descoberto um pouco em cima da hora para tratar e a maioria dos pacientes perde o membro.
De tanto eu ler literaturas a respeito acabei estudando como utilizar os biochips para o diagnóstico da doença e também para teste de medicamentos. Outro foco é o desenvolvimento de biochips implantáveis capazes de detectar o aparecimento da doença antes da pessoa desenvolver os sintomas.
"

Essa aplicação antecipada é possível?
"Sim, o biochip é como um laboratório clínico do tamanho de um chip de computador, por estar implantado ele pode ser capaz de detectar em minutos se uma pessoa está ou não infectada por algum vírus, se há infecções com bactérias específicas. No câncer é mais ou menos assim também, o biochip poderá identificar proteínas e moléculas de DNA fazendo a análise de marcadores específicos, podendo fazê-lo até pela saliva, assim determinará se uma pessoa está doente ou não.
Como o câncer deixa seus rastros na corrente sangüínea e as células CTC (Circulating Tumor Cells) são extremamente raras, em casos de tumores sólidos esse "rastro" produzido por estas células é menor ainda os biochips do projeto M-Digitals conseguirão detectar as células CTC a em uma gota de sangue, para isso o biochip irá isolar, contar e analisar as células CTC.
Já estão sendo criadas aplicações semelhantes fora do Brasil, para nós isso custará caro, fabricando aqui, não."

Então no futuro será possível praticamente adivinhar que uma pessoa está com uma doença? Demorará muito? E o custo disso?
"É quase isso. Quase adivinhar.
Não acho que demorará muito, porém custará um pouco caro aqui no Brasil como eu disse antes, isso porque virá de fora se alguém não fizer isso aqui, uma hora dessas inventam isso, é óbvio, ainda mais que nós temos divulgado os projetos da Ciber NSA como o que estou fazendo nessa entrevista, mas nosso trabalho é pra fazer isso no Brasil a um custo baixo, é importante isso estar ao alcance de todos os brasileiros. Aqui já não é aplicada a lei de igualdade que diz que todos devem ter acesso a saúde, o rico tem mais acesso que o pobre, o pior é ver que os empresários não percebem que compensa mais deixar disponível para todos do que só para os ricos afinal tem mais pobre classe média no Brasil do que rico, o SUS paga a conta, é só deixar acessível a ele, porque os empresários brasileiros não usam a receita da internet? O Google fatura bilhões com serviços gratuitos, quem ganha mais, a Google ou a UOL?
Deixam de investir em empresa como a nossa porque queremos fazer algo mais barato e com qualidade, se disséssemos que nossa prótese poderia ser vendida por R$100.000 mil choveria empresário querendo, mas como gostaríamos de torná-la mais acessível deixa de ser interessante. Essa é a nossa realidade"

É verdade que você darão uma prótese para um voluntário?
"Sim, é verdade! Se o voluntário vai usar para testar e para mostrar durante o lançamento, que tipo de pessoa nos tornaríamos se déssemos a este a oportunidade de sentir o calor de um chocolate quente e depois tirar isso dele?
A pessoa já está sendo voluntária, precisamos disso, está nos ajudando, passa pela ansiedade da pré colocação, a alegria, coloca um equipamento como esse, sente novamente coisas que não sentia, aí nós vamos e pegamos de volta. Não temos coragem. Será bom ver o sorriso e deixa-lo lá no rosto de quem deu."

Porque vocês não usam site na internet?
"Temos um microblog o www.cibernsa.webs.com e um blog o www.cibernsa.blogspot.com, no microblog há um currículo do que fazemos e o blog é para notícias, isso já está bom. Usamos recursos próprios para nossas pesquisas, temos dívidas para pagar e com isso não é conveniente custear um site. Eu ou minha sócia, Sabrina Belon, até poderíamos nós mesmas fazer um, mas isso demandaria tempo o que não temos.
Nosso tempo tempo é dividido entre as pesquisas, a montagem do protótipo da prótese e o tratamento da Sabrina, não dá pra ficar atualizando um site, já tem o blog, não vale a pena complicar."

Você a acompanha no tratamento?
"Sim. Todo o tempo. O que ela tem não é um resfriado, faz um tratamento contra o câncer, o apoio é crucial numa horas dessas até para que a pessoa dê continuidade ao tratamento, por mais que ela tenha vontade de viver há momentos em que fica mais abatida, é nessa hora que eu entro em cena, brinco, puxo papo, incentivo ela a desabafar e compreendo como fica revoltada com a doença, mas nem por isso deixo-a cair, já cutuco, levo no papo, faço-a entender que tudo na vida passa e que não há mal que seja eterno. Aí ela levanta a cabeça e toca em frente, com o passar do tempo essas crises diminuíram e hoje ela está mais forte. É uma lição de vida, uma guerreira!"

Falar sobre esse problema lhe incomoda?
"Um pouco, é como se você tivesse um espinho na sola do pé, cada vez que colocar o pé no chão ele vai te machucar, é a mesma coisa. Hoje sinto uma sensação de impotência que jamais senti e vejo que muitas pessoas sentem-se assim. Todas as vezes vou com a Sabrina ao Hospital onde ela faz tratamento e sempre falo com outras pessoas que também estão em tratamento, o que o câncer faz com as pessoas é de deixar qualquer um revoltado."

Onde a Sabrina faz tratamento vocês são bem atendidas? Recebem informação sobre a doença? Isso as ajudou nas pesquisas?
"Sim, sim e sim (riso). Ela faz tratamento no Hospital de Clínicas de Curitiba, eu não conhecia lá, mas já tinha ouvido falar muito bem do hospital, no fim é melhor do que esperávamos, somos muito bem atendidas e ela é bem cuidada lá. O pessoal da oncologia é super bacana, toda a equipe. Há pessoas lá que já temos um vínculo de amizade e que gostamos muito mesmo, tanto que quando formos comemorar o fim do tratamento queremos convidá-los.
Recebemos bastante informação lá. Os Médicos que nos atendem respondem a todas as perguntas e se prontificam a ajudar-la na luta contra a doença inclusive vendo se há novas drogas para o tratamento, mesmo que seja necessário comprarmos de outro Estado ou País pela ausência aqui no Brasil. São muito bacanas mesmo tanto que já amamos eles.
Ajudou muito. Há informações que obtemos com eles que quando chegamos em casa colocamos no papel para auxiliar nos desenvolvimentos. Há detalhes que jamais imaginávamos e que nos fizeram olhar para os projetos com outros olhos."

Muito obrigado pela atenção e pela sua gentileza, nós da E-TECH desejamos que vocês consigam atingir o objetivo de vocês, é muito bom ver que já está nascendo no Brasil emrpesas que poderão elevar o nome do nosso país mundo a fora.
"Agradeço também e o faço por mim, pela minha sócia e por nossos colaboradores. Esperamos também que possamos fazer mais pelo nosso país e desejamos que vocês possam estar ao nosso lado nessa conquista.
Agradeço aos leitores também pela atenção."


"Agradecimentos a E-TECH Tecnologia por ter cedido a cópia da entrevista. "

Sistema neural interpreta pensamentos básicos à distância

Um conjunto internacional de pesquisadores, coordenados pelo Dr. Juan López Coronado, da Universidade Politécnica de Cartagena, na Espanha, está desenvolvendo um sensor que pretende não apenas ser capaz de interpretar intencionalidades básicas do pensamento humano, mas também de interpretá-los à distância.

O objetivo da pesquisa não é criar algum tipo de "leitor de pensamentos", mas de permitir que pessoas com deficiências físicas e neurológicas possam controlar equipamentos robotizados sem a necessidade da inserção física de sensores em seus corpos ou mesmo da colagem de sensores diretamente na cabeça.

Roupas inteligentes

O conjunto de sensores sem fios deverá ser instalado em um chapéu ou boné ou mesmo em uma outra peça de roupa dotada de conexões elétricas, conhecidas pelo conceito de "roupas inteligentes."

"O dispositivo permite decodificar a intencionalidade da pessoa por meio de sensores não-invasivos, ou seja, sem a necessidade de perfurar a caixa craniana. Algoritmos de computador capturam os sinais elétricos dos sensores e interpretam os aspectos básicos do pensamento humano ligados à coordenação motora," explica o Dr. Coronado.

Antecipando o movimento do outro

Se esta descrição do novo sistema não parece apresentar muitas novidades, o Dr. Coronado logo antecipa novidades quando o sistema for utilizado simultaneamente por várias pessoas: "Entre duas pessoas que estejam portando o novo sistema, tendo os sensores no boné ou na roupa, um deles poderá interpretar com antecipação se a outra pessoa pretende estender a mão para cumprimentá-lo."

Por exemplo, duas pessoas cegas, ambas portando o novo sistema de sensores sem fios, poderão aproximar-se e cumprimentar-se dando-se as mãos naturalmente. Várias outras possibilidades serão exploradas nos primeiros testes, incluindo o acompanhamento de pessoas idosas e o acionamento à distância de equipamentos robotizados.

Redação do Site Inovação Tecnológica

Primeiro sistema operacional 100% livre de erros está pronto

Inovação radical em software

Programas de computador representam o melhor exemplo de um produto que usufrui de inovações tecnológicas contínuas - daquelas que não chamam muito a atenção e geralmente não viram manchete, mas que estão melhorando continuamente os aplicativos, incorporando novas funcionalidades e atendendo às novas necessidades dos usuários.

Mas será que é possível que os programas de computador experimentem também inovações tecnológicas disruptivas - daquelas radicais, que viram manchete e mudam o caminho de uma determinada área?

Certamente que sim. A criação dos protocolos de comunicação que viabilizaram a Internet, sistemas operacionais com interfaces gráficas, o primeiro navegador de páginas web, protocolos da computação distribuída, todos são exemplos que tecnologias que mudaram o rumo da informática.

Software 100% livre de erros

É muito possível que estejamos agora frente a mais uma inovação nessa categoria de revolucionária na área de software.

Pesquisadores australianos relataram que, pela primeira vez, conseguiram provar com rigor matemático que o núcleo principal de um sistema operacional - tecnicamente conhecido como kernel - está 100% livre de erros de programação (bugs).

Isto significa que a parte principal do sistema operacional não estará sujeito a falhas, travamentos e nem a ataques que explorem falhas de segurança, que simplesmente não existem.

Mundo completamente novo

O avanço deverá ter implicações diretas no funcionamento e na segurança de computadores que controlam equipamentos que devem apresentar altíssima confiabilidade, como aparelhagens médicas de exames e cirurgias robotizadas, sistemas aeroespaciais e servidores de informática de missão crítica.

"Eu acredito que não é um exagero afirmar que nosso sistema abre um mundo completamente novo no que diz respeito à construção de novos sistemas altamente confiáveis e seguros," diz o Dr. Gernot Heiser, que coordenou a equipe que desenvolveu a nova técnica nos laboratórios da Universidade Nova Gales do Sul, na Austrália.

Não se trata apenas de uma verificação intensiva do código contra erros específicos. O sistema de verificação garante que o kernel atende inteiramente a toda a sua especificação, não se desviando dela em todos os aspectos, incluindo a funcionalidade e a segurança

Software livre de erros

Uma regra no mundo do software - não-científica, mas largamente citada - é que há 10 bugs para cada mil linhas de código de um programa. Programas mais maduros e mantidos por grandes equipes certamente têm menos, mas nenhum engenheiro ou programador em bom juízo se arriscaria a dizer que seu sistema é 100% livre de erros.

Isto mostra o significado do feito alcançado pelos pesquisadores australianos, comprovando matematicamente a correção de um kernel desenvolvido em linguagem C por uma equipe de seis pessoas ao longo de seis anos.

Esta é a primeira vez que se demonstra de forma conclusiva que é possível construir programas de computador totalmente livres de erros.

A correção do programa também significa que ele está imune a todos os tipos mais comuns de ataques, como os chamados buffer overflows, um forma de ataque na qual os hackers tomam controle dos programas injetando pequenas porções de código malicioso.

Sistema operacional embarcado

O usuário de computadores tradicionais deverá esperar um pouco antes de poder usufruir do acréscimo de segurança e confiabilidade oferecido por um sistema operacional livre de erros.

O kernel 100% correto pertence a um sistema operacional do tipo embarcado (embedded system), que roda em computadores dedicados a tarefas específicas - seu nome é Secure Embedded L4 (seL4).

A nova técnica de verificação, contudo, poderá ser utilizada no desenvolvimento de qualquer outro programa, seja um sistema operacional ou outro aplicativo qualquer.


Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/10/2009